terça-feira, 1 de junho de 2010


Abri o bilhete, tremendo. ‘Só pra reforçar que o teu sorriso é lindo’. As meninas voaram em cima de mim para tentar ler o que estava escrito. Tentei guardar, mas não deu muito certo. Elas leram e durante o resto da noite pegaram no meu pé. Toda hora eu o procurava no bar, e sempre nos olhávamos. Um olhar de canto, tímido e em algumas vezes, sorrisos. A mãe da Brenda havia chegado e estava na hora irmos. Levantamos. ‘Até que foi legal’ falei indo em direção a porta. Todas concordaram. Alguém me segurou pelo braço. Virei para trás, assustada. Era ele, sorrindo com sempre ‘não ia se despedir de mim?’. Olhei bem nos olhos dele e sorri de um jeito bem meigo, ‘tenho que ir’ dei um beijo no rosto dele e me virei. Parei. Voltei a olhar pra ele que ainda estava ali parado, ‘o teu sorriso é lindo também’. E fui.
Cheguei em casa, tomei um banho e me deitei. Rolei na cama, eu tinha sono, mas não conseguia dormir. Quando dei por mim começou a chover, e isso queria dizer que logo eu dormiria. Amo o barulho da chuva. A chuva foi aumentando cada vez mais. Até que o cachorro começou a latir sem parar. Coloquei o travesseiro por cima da cabeça, mas não resolveu nada. Decidi então, olhar pela janela do meu quarto. E vi alguém. Parecia ser um homem, com um guarda-chuva. Na mesma hora que o vi, me deu um frio na espinha. Medo. Muito medo. Voltei para cama com uma sensação estranha. Dormi.
Acordei com uma luz do sol na minha cara, me dei conta que não havia fechado a cortina. Fui ao banheiro. Desci a escada e tomei café. Da cozinha eu já via o meu irmão jogando play na sala. E o meu pai no sofá lendo o jornal. Me veio na cabeça a caixinha que o pai tava vendo ontem. Ele me deixou curiosa. ‘Eu vou ver o que tem lá’ pensei. Percebi que o pai estava no começo da leitura e fui até o quarto dele. Abri a porta, empurrei a poltrona para o lado. Ali estava ela, a caixinha preta. ‘Ah caixinha, é agora’ tirei a tampa. ‘Um diário? O meu pai escreve um diário?’ Um caderno azul. Trancado. ‘Droga, cadê a chave?’. Procurei dentro da caixa, e achei. Abri o diário. ‘Não é do meu pai. É da minha mãe’.

3 comentários:

  1. Aiiii quero ler mais. Odeio ficar curiosa!
    To amando Dézuxa.

    Beijos gata.

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  2. aaai amiiga tô amando *--*
    vou esperar a continuação!
    beeeijos dé ♥

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  3. aaaaaaaaaaaaiiim Cozaaaaaaaaa

    que massa que tááá!!!

    muiiiiiiiiiiito curiosa!!!

    show mesmo.. boa sorte???

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