terça-feira, 8 de junho de 2010


Olhei para trás assustada. Mas era ele, o professor. Levantei e fui andando na direção dele ‘não sabia que você vinha aqui’ falei pra ele. ‘É a primeira vez, curiosidade’ respondeu ele caminhando pelo mato, como se estivesse tentando descobrir alguma coisa no meu das flores. Conversamos um pouco sobre várias coisas. Era interessante conversar sobre outras coisas com ele, além de história. E foi incrível como o tempo passou rápido, já era hora de almoçar. Mas a minha vontade era a de passar a tarde toda ali com ele. ‘Bom professor... ‘ele me interrompeu e disse ‘Enzo, meu nome é Enzo’ eu dei um sorriso tímido. Voltei olhar pra ele ‘ok, então Enzo, eu tenho que ir’. Nos despedimos, mas ele resolveu me acompanhar até a minha casa, foi muito bom assim conversamos mais um pouco.
O final de semana passou sem maiores emoções. Já era segunda e eu estava atrasada para a aula, como sempre. Fui pra aula e voltei pra casa. Na aula o tempo não passava porque eu estava ansiosa para ler o diário da minha mãe. O plano era perfeito, enquanto o meu pai trabalhava, eu poderia ler tudo bem tranqüila. Cheguei em casa. Almoçamos, o pai foi trabalhar e o meu irmão foi treinar. Subi correndo a escada, cada vez com o pensamento mais forte e criando cenas que poderiam estar escritas ali. A emoção era tanta, eu poderia encontrar muita coisa, um amor antigo, um segredo, uma pista do seu sumiço, etc.
Abri a porta do quarto, fechei. A poltrona estava ali, o coração estava quase saindo pela boca naquele momento. Antes de ir até a poltrona, me veio outro pensamento. ‘Será bom pra eu ler essas coisas?’ Fui até a janela do quarto, encostei a cabeça na janela. Estava com gotas da chuva. Bateu uma vontade de chorar. Olhei pelo vidro e posou uma borboleta. Não sei como, mas ela me deu forças para fazer o que eu tanto queria. Talvez fosse um sinal de que tudo iria dar certo. Então eu decidi. Empurrei a poltrona para o lado. Eu a vi, a caixa preta. Linda. Levei minhas mãos até ela, elas tremiam um pouco. Coloquei-a no meu colo, respirei fundo e tirei a tampa. ‘Aaah’ gritei.

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